terça-feira, 25 de novembro de 2008

Hoje também num tem Nada. - Visões 02.1

Cara. O_o

Tô sem tempo.
Tô sem cabeça.
Tô sem saco.

Acho que passei pra segunda fase.
Então tô estudando.
Queria Muiiiiiiito tá escrevendo todo dia aqui. Mas num tenho tempo, entro só pra olhar nos sites básicos da vida, MEU EMAIL. u.u E leio os blogs em favoritos. Mesmo que eu num comente. Eu sempre leio. Sou um leitor assíduo. Principalmente destes daqui do lado >>>>>
Bom, como hoje eu não  vou escrever nada, vou postar um trecho de um projeto que tenho.
Capítulo 02 - Parte 1. 

Por favor. Esse é o único post que eu faço questão que comente. O resto eu nem ligo. Mas o do Visões Please.

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Cap. 02

Lamia.

 

            QUANDO EXISTE ALGUM CONFLITO e nele incluem pessoas teimosas, o destino final não pode ser outro. Clima tenso e silêncio. Marle pode ter todas suas qualidades, mas, como um humano qualquer, é cheia de defeitos. Algo que se pode notar é sua irritabilidade com algo fútil.

            ‘Marle... Será que podes explicar-me o que está acontecendo?’

            ‘Eu já disse, Guido, que não é nada... Que inferno! Marle fecha a cara.

            ‘Tu estás parecendo uma garota mimada com estas atitudes. Não vês que eu só quero te ajudar?’

            Os três param de andar, Marle fica frente a frente de Guido e com total rispidez descarrega todo seu mal-humor.

            ‘Nunca me chame de mimada. Você não me conhece para saber o que eu sinto ou passo’ – Marle coloca o dedo na cara de Guido.

            ‘Se não queres ser taxada de mimada, não aja como uma.’ – Guido se afasta.

            ‘Eu ajo como mimada? Você que só porque veio de uma família nobre acha que pode mandar em mim? Eu não sou empregada sua para você querer dar ordens.’

            ‘Marle, acalme-se, você está alterada... Guido, pare de provocá-la...’ – Aya se aproxima tentando manter a paz, que não parece algo muito fácil de conseguir.

            ‘Eu sinceramente cansei de tentar ajudar-te...’ – Guido segue andando.

            ‘Apenas me deixe em paz, fico bem melhor sem você.’

            Guido permanece calado, e os três seguem em frente. Após algum tempo, Marle avista uma pessoa deitada na grama, parecia estar dormindo ou desmaiada. Ela corre até onde está o corpo, os outros a acompanham. Marle ajoelha ao lado da mulher. O rosto dela está um pouco sujo e seus braços e pernas arranhados. Guido e Aya se aproximam e ajudam a tentar reanimar a mulher. Aparentando ter por volta de trinta anos, ela possui cabelos loiros dourados, pele branca, rosto sensível e usa uma roupa de tecido fino, lembrando muito, vestes reais. A mulher abre os olhos e logo que desperta, afasta-se rapidamente dos três e acaba caindo.

            ‘Você está bem?’ – Pergunta Aya.

            ‘Quem sois vós?’ – A mulher pergunta um pouco assustada e com os olhos ainda tentando se acostumar com a claridade.

            ‘Nós moramos aqui no vilarejo de Silves. Chamo-me Guido. Vimos-te caída aí, então viemos ajudar-te.’

            ‘Bom, sou Maria Lena Navarro Sequeira e Machado. Mas pode me chamar de Marle. E você como se chama?’

            ‘Anna Maria Castella de Noronha Hugel Barbosa... Obrigado por me acordar...’

            ‘Você é descendente da família de Castella De Bragança?’ – pergunta Guido.

            ‘Talvez...’

            ‘Anna, né? Você não parece muito bem... Vamos até a cidade cuidar desses seus arranhões, e me chame de Aya.’

            ‘Obrigada, garotos. Mas não tenho tempo.’ – Anna se levanta e ajeita a roupa. – ‘Estava muito cansada e devo ter acabado caindo aqui e cochilando, mas já estou bem.’

            Anna agradece novamente os três por terem acordado-a, e começa a andar, mas no primeiro passo ela sente uma pontada de dor na barriga e percebe que está ferida. ‘Devo ter me machucado em algum galho enquanto corria...’ pensa Anna. Ela cobre o ferimento com uma das mãos e quando levanta a cabeça escuta alguém batendo palmas vagarosamente. Imediatamente a respiração dela torna-se ofegante e ela roda procurando de onde vem o som, prestando atenção em todos os detalhes. Anna sabe exatamente quem é esta pessoa, ou melhor, Anna já esperava esse momento. Dá para ver em seus olhos a aflição em escutar aquele barulho, em pelo menos sentir aquela presença que ainda não tinha achado visualmente, mas sabia de quem era. Ela vira para os garotos e diz num tom desesperador para eles correrem, saírem de perto imediatamente.

Aya dá alguns passos para trás. Guido permanece no mesmo lugar, e com a mesma expressão, assim como Anna, ele parece também procurar de onde vinha o ruído que a deixou tão alterada. Marle, por sua vez, é a única que identificou de onde vinham as palmas. Seu olhar estava fixo em uma árvore, árvore esta que tem uma mulher escorada em seu tronco, a mesma que está batendo palmas. Aya vai até Marle e tenta chamá-la, mas ela parece está sem consciência, não ouve o que Aya diz, muito menos seu corpo sofre alguma reação. Ela está totalmente paralisada. Aya ao se aproximar da Marle, vê que ela olha para um ponto fixo, Aya procura saber para onde ela está olhando. Uma lágrima escorre no rosto de Marle e logo Aya, Guido e Anna percebem a mulher na árvore:

            ‘Sarah...’ – A voz de Anna sai num sussurro...

            Sarah possui cabelos brancos, quase azul-claros,  olhos azuis penetrantes, muito parecidos com os de Marle. Seu corpo é bem definido, não dava a idéia de que poderia ser uma “quarentona”. Veste roupas simples, como uma saia e uma camisa branca. Sarah mantém o rosto sério, pára de bater palmas e dá alguns passos à frente. Ela inclina um pouco a cabeça e fala.

            ‘Olá Anna! Como estás?’ – O cinismo é bastante perceptível em sua voz.

            ‘Sarah...’

            ‘Vejamos... Fizestes novos amiguinhos? Não os apresentará?’ – Sarah caminha para mais perto de Anna.

            ‘Oi! Meu nome é Aya Henriques. Prazer em conhecê-la, tia’ – Aya grita para Sarah acenando.

Sarah a olha, e antes que Aya a perceba, Sarah já está de frente para ela. –‘Gostei de ti, bastante simpática. Retirando a parte da “Tia”.’ – Sarah se
aproxima de Guido e ele se afasta com uma cara de reprovação.

            ‘Olá garoto, como se chama?’ – Sarah pega no queixo de Guido.

            ‘Guido! Afasta-te dela, ela é perigosa, pode te matar.’ – Anna grita muito nervosa.

            ‘Anna, pare com isso. Acabarás os assustando.’ – Sarah vira o rosto para Anna.

            ‘Saia daqui, Sarah, deixe-os em paz. Seus assuntos são comigo e não os envolve.’ – Anna recupera o controle.

             Sarah não presta atenção ao que Anna diz e volta a sua face para Guido – ‘Guido, então? Lindo nome, igual a ti. Ah, mas não fique se achando. Existem garotos mais bonitos que tu.’ – Sarah se aproxima de Marle. Ela olha nos olhos dela e diz.

‘Garota, estás assustada?’

Marle permanece em silêncio. Sarah nota o colar no pescoço de Marle e muda sua expressão.

‘Esse colar...’

‘Sarah... este é o último aviso, deixe-os em paz’ – Anna se aproxima de Sarah.

‘Então é isso. Achaste primeiro’ – Sarah se vira furiosa para Anna.

‘Do que estás a falar, Sarah?’

‘Do colar. Não percebestes?’

            Anna olha para o colar e seus olhos se dilatam. O tom de voz de Anna muda de um som materno que tenta proteger seu filhote de cair ao tentar andar, para quando percebe o risco que ele corre ao perceber um  predador.

            ‘Marle fuja, ela vai te matar’ – Anna grita e corre para cima de Sarah.

            ‘Tarde demais.’ – Sarah fala virando-se para Marle.

            Guido corre e puxa Marle para trás antes que Sarah a alcance. Anna retira do seu cinto quatro adagas e posiciona duas em cada mão. Ela se aproxima de Sarah e as duas se encaram. Anna movimenta os braços e atira duas adagas em direção a Sarah que desvia do ataque com uma esquiva bem rápida. No seu movimento, Sarah corre para trás de Anna e a acerta com um chute em suas costelas. O golpe a faz cair no chão. Anna olha de bruços, para baixo da esquerda para direita, procurando em seu instinto algum reflexo que ajude na sua sobrevivência. Sarah se aproxima de Anna e esta se levanta rapidamente e lança uma adaga, e devido à pequena distância entre as duas, Sarah não consegue desviar e defende com o braço. Ela tira a arma com rispidez abrindo ainda mais o ferimento.

A face de Sarah muda drasticamente do sarcástico para o ódio. As nuvens do céu tornam-se mais escuras e carregadas, os poucos raios de sol que conseguem ainda passar pela extensa camada deixa o rosto de Sarah mais pálido do que Anna nunca viu. Guido dá dois passos à frente e percebe o medo que exala de Anna sob a máscara que demonstra calma.

            ‘Potencia. “pluvia”.’ – Fala Sarah elevando os braços aos céus. O tempo escurece mais e as nuvens, mais densas. Marle e Aya olham para o céu, assustadas, a tempo de uma sussurrar ‘bruxaria’.

Guido continua com o olhar fixo em direção as duas. Não parecia ser surpresa para ele o idioma usado. Juraria ter visto aquela cena em algum lugar, ou melhor, a utilização do latim para esse fim.

            ‘Utilizando técnicas, não? Parece que seu latim está atrofiado. Sei que já aperfeiçoou técnicas bem mais fortes.’

            ‘Seja a primeira então. “inconcordia aqua”.’ – A mão de Sarah é envolvida por um fluxo de água. Começa a precipitar. Marle, Aya vão sob uma árvore. Guido permanece parado. Sarah avança em Anna e atinge um murro em cheio no rosto e agarra com a outra mão o pescoço dela, sufocando-a. Anna tenta se livrar da mão de Sarah, mas percebe que o fluxo de água na mão dela está invadindo sua garganta.

Guido, vendo aquela cena, corre e pega a adaga que atingiu o braço de Sarah e segue para atacá-la. Ao se aproximar o suficiente para atingi-la, com a mão livre, Sarah, agarra o punho de Guido que segura a adaga. Sem ao menos olhar para trás, ela dobra seu pulso liberando um barulho surdo. Guido arranca um grito do fundo da garganta, e Sarah soca seu estômago, sufocando o urro de dor dele, com o braço que segura Anna. Ao fazer isso, Anna se livra e imediatamente se recompõe e vira a face para Sarah.

            Marle grita o nome de Guido e tenta correr para ele. Aya que está logo atrás pula e segura as pernas dela fazendo as duas tombarem no chão. Marle levanta o rosto e com a visão embaçada por causa das lágrimas, observa Sarah soltar o punho de Guido e, ele  cair no chão, segurando seu pulso quebrado. Os olhos de Guido estão apertados devido à falta de ar. Anna passa a mão no rosto, para retirar uns fios presos ao rosto, e solta os cabelos amarrados, realçando mais ainda a cabeleira dourada. Com a chuva escorrendo no rosto, Anna estende os braços na horizontal.

            ‘Radius’ – as mãos de Anna ficam tremendo como um choque. Faíscas de eletricidade surgem ao redor, num movimento eletrostático irregular. Por causa da chuva a eletricidade ganha um maior campo elétrico.

Marle consegue se soltar de Aya e tenta se aproximar de Guido. Sarah ao perceber Marle se aproximando, vai a ela. Anna corre até Sarah e esta se vira com um chute, Anna aproxima e eleva os dois braços defendendo, mas Sarah a acerta com uma mão na cabeça e a faz cair no chão. Sarah volta a atenção para Marle que está ajoelhada ao lado de Guido. Ao dar um passo, a perna de Sarah começa a ter cãibras. Anna caída no chão, aperta as mãos arrancando algumas gramas e se levanta.

‘Blanditia’ – Uma Adaga que estava caída próxima a Anna flutua rapidamente até a mão de Anna que tenta atingir Sarah. Sarah desvia da adaga, mas tem um pedaço da sua blusa rasgada. Anna tenta novamente acertar a adaga, mas falha. As mãos de Anna estão ficando mais instáveis e as de Sarah enrugadas.

Aya vai até onde Marle está e a ajuda a carregar Guido para um local mais seguro. As folhas das árvores balançam num ritmo fúnebre, assim como o assobio do vento ao cortar a densa chuva que cai e Guido, por um momento, pergunta a si mesmo se tudo aquilo era real.

Anna com um murro acerta as costas de Sarah, e esta se vira, mas pára em seguida com uma enorme deficiência na respiração, caída um pouco pra frente.

‘O que fizestes comigo?’

‘Ah... Sarah! O que estás acontecendo a ti? Tão inteligente e não entendestes ainda?’ – Anna libera da mão, um pequeno raio de eletricidade.

Sarah fecha os olhos e tenta controlar a sua respiração, ela deixa sua coluna reta e tenta se concentrar. A capacidade de percepção de Sarah é elevada, cada gota de chuva que cai nas folhas das árvores é perceptível para ela, e Marle mesmo desconcentrada tem a mesma sensação que Sarah. Esta dá voltas em torno de Anna.

‘Sabes que não podes usar por muito tempo, não sabes?’ – Sarah para de frente ao rosto de Anna.

Anna inclina o pescoço um pouco pro lado e transfere todo o peso do corpo para a outra perna. – ‘Sarah... Conheces Lara. Jamais ela deixaria passar algo nos meus ensinamentos. Posso controlar a eletricidade, mas sei que não tenho proteção contra ele e diferente de ti, meus músculos se distendem e se contraem ao meu comando. Sem cãibras.’

‘Anna. Não tenho tempo para ti. Preciso desse colar.’ – Sarah se vira para onde Marle está e anda em direção a ela. Com os passos firmes, Sarah abaixa um pouco a cabeça e acelera o passo. A eletricidade que corre na mão de Anna se intensifica dando picos que fazem os braços dela contorcerem fortemente.

‘Não. Dessa vez não vai ocorrer nenhuma desgraça’ – Anna corre rapidamente para cima de Sarah – ‘Marle... Leve os outros daqui e se protejam.’

‘Já chega’ – Sarah gira em torno de uma perna, furiosamente, e coloca a mão direita sobre a esquerda apontando para Anna – ‘Flumen minuo’ – As gotas de chuva que estão ao redor de Sarah se concentram na palma de sua mão e são liberadas num jato violento, atingindo Anna que é arremessada contra uma árvore. – ‘E quanto a vós...’ – Sarah olha nos olhos de Marle. – ‘Aequoreus murus’ – Uma imensa barreira de água surge ao redor do campo onde todos estão.  Marle olha desesperada para Anna e a vê caída tentando se levantar sem sucesso.

‘Aya, não largue o Guido.’

‘Espera, Marle! Você não pode. Anna mandou que ficássemos aqui.’

‘Se ficarmos aqui. Ela pode morrer.’

‘Mas Marle... Elas são bruxas.’

‘Isso não importa. De alguma forma isto tem ligação comigo’ – Marle levanta e apóia um dos braços no joelho apontando o outro braço em direção a Sarah que vem se aproximando dos três. – ‘e eu quero saber tudo. De qualquer forma se ficarmos aqui correremos riscos. Guido se machucou por minha causa, ele até desmaiou. Eu vou.’ – Marle joga os sapatos no chão e fica de frente a Sarah. Ela pára e as duas se encaram.

‘O colar, garota.’

‘Esse colar me pertence. Foi passado a mim, pela minha mãe.’ – Marle tira o colar do pescoço e o aperta na mão. – ‘Não deixarei você roubá-lo’ – Ela se posiciona firme diante de Sarah.

‘E o que farás? Gritarás pela mamãe?’ – Sarah continua fixa em sua posição. O reflexo de uma vaga luz é perceptível nos seus olhos.

Marle sente um enorme arrepio até a nuca e em uma das poucas vezes na vida  percebe que está tentando fazer algo mais que lhe é possível. Marle põe uma das pernas para trás e logo sente o cabelo passar ao lado do seu rosto. Sem perceber, Marle já está correndo para a direita sem rumo e sem consciência, está correndo por puro instinto. Seus pensamentos estão a levando ao longínquo, a um passado distante, passado cujo nunca ela queria se lembrar de novo.

Sarah aponta o indicador seguindo Marle. – ‘Spiculum congelo’  – Agulhas de Gelo se formam na ponta do dedo dela e são atiradas em Marle. A voz de Sarah desperta Marle de seus pensamentos que a faz parar subitamente, escorregando na grama molhada, lançando o colar a alguns metros dela. Sarah cessa o ataque a Marle e se aproxima do colar. Marle levanta a cabeça e grita...

To Be Continued.!
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Acho que essa semana eu só vou fazer isso aqui. Postar trechos de Projetos. Sei lá. Tem que ter um pouco de cultura aqui. Só tem eu me acabando por causa da minha multipolaridade.

Já é quase um campo elétrico.

1 comentários:

Muni 28 de novembro de 2008 às 18:17  

nossa o.O
há um mistério por trás de marle xD~
continue escrevendo, cara...
não podemos parar!! o/*
faz tempo q não leio uma história assim.. preciso desenferrujar xD
*consegui pegar o encontro marcado hj na biblioteca, pra reler pela milionésima terceira vez xD~*
teh +
o/*
.moony.