domingo, 30 de novembro de 2008

Sonhar.


Meu sonho é criar uma água-viva. Meu sonho é dar uma vuadora em alguém. Meu sonho é ter um nintendo Wii. Meu sonho é sair correndo no meio da chuva. Meu sonho é uma Pentel Verde.

Nunca tinha prestado atenção o quanto eu falava "Meu sonho é...". E o pior, utilizo da mesma maneira que muitas pessoas utilizam o "Eu te amo", utilizam como se fosse um "Oi", ou um simples "A gente se ver". Mas não. As pessoas insistem em utilizar o "Eu te amo" pra qualquer pessoa, é usado em vão. E eu venho usando os meus sonhos em vão. Tudo que eu acho no mínimo interessante, eu falo que é meu sonho. 
Para mim às vezes se confunde, o sonho (desejo) com o sonho(imaginação enquanto dorme). Nunca quero perder meus sonhos. Mas também não quero mais sonhar. Mais um exemplo da minha bipolaridade. 
Eu ODEIO sonhar. Eu tenho medo de sonhar. Sonhar releva traços da sua personalidade e seu estado emocional. Eu talvez tenha medo de saber quem eu sou. Eu tenho medo de sonhar porque 55% do que eu sonho, acontece. E eu tenho medo de sonhar algo que eu não quero que aconteça. Das outras vezes que eu não queria que acontecesse, eu não consegui impedir. Talvez porque não dependesse de mim. Talvez porque eu não possa interferir em nada. Talvez isso que eu esteja falando seja bobagem pra algumas outras pessoas. Mas não me importo. Esse blog é meu e eu escrevo para me sentir bem. Escrevo o que sinto.
Eu estou realmente tentando parar de dizer em vão que qualquer merda interessante é meu sonho. Eu tenho sonhos, planos de futuro sim. Quero muito sair de Fortaleza, não porque a cidade seja ruim, é uma cidade perfeita. De várias capitais que eu conheci do nordeste, quase todas, Fortaleza continua sendo pra mim a melhor. Mas eu quero ir além. Eu quero ir atrás dos meus sonhos. Quero ir pra New Zealand. Lá está meu futuro. Junto com animais marinhos, que é minha paixão. Esse é meu maior sonho. Talvez meu único. Mas deixo que fases me atrapalhem de buscar essa paixão. Pregar-me a alguém? Talvez. Se eu amar alguém, é por muito tempo. Não importa se apareçam outras. Eu nunca digo "Eu te amo" em vão. Ou pelo menos espero dizer o mínimo possível, que deve ser o que acontece. Então se eu digo que amo. É porque amo. E tenho certeza que esse amor não vai acabar assim tão fácil. O Eu te amo é em todos os sentidos.
Espero poder fazer o mesmo com meus sonhos. Mas não quero sonhar a noite. Dormir pra mim é, as vezes, angustiante. Se eu tô com um mal pressentimento, eu não consigo dormir. Porque sei que vou sonhar com algo que eu não quero e desse algo é 55% de chance de acontecer. 
Das outras vezes perdi alguém muito importante. Irrecuperável talvez. Não depende de mim. Mas ainda atualmente sonho com ela. Eu a quero de volta. 

"I WISH TO FLY WITH YOU AGAIN"

"Mas o sonho tem que acabar."

"Os sonhos seriam uma demonstração da realidade do inconsciente. Sendo estudados corretamente pode-se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo. Fazendo uma analogia séria como uma "fotografia" do inconsciente. Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional. Os sonhos têm uma linguagem própria."
Fonte: Wikipédia.

"O sonho terá que acabar,
Nem mesmo o mar pode enfrentar..."
Não puder mais voar
RafaelGuimarães

Gigi D'Agostini - I'll Fly With You.

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sábado, 29 de novembro de 2008

Eiiita Cabaré.

Eiiita cabaré u.u


tô mudando o layout.
Tá ficando uma porcaria.
E tô vendo a hora ficar um tempo assim.

Oo'

UPDATE: PORRA! FIZ MERDA U__U

UPDATE 2:  Bom, pelo menos eu consegui ajeitar um poquinho. E até que eu decida terminar o layout. iei!
Minhas coisas incompletas como sempre. u__U
Mas sei lá.
Tá bem melhor. O.o
:D Um dia eu termino.

UPDATE 3: Ahh. Lembrei. Fui aprovado para a 2º Fase da Estadual. Então tô sem tempo.
\o.o

UPDATE 4: Um dia depois. Conclui 70% do layout. Acho que o trocinho lá em cima vai ficar tipo quase temático. O.o Bom, só falta definir  o esquema de cores. Ajeitar a SideBar (essa coluna do lado) acho uns Widgets bons. E sei lá mais o quê. u.u
FUI =D

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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Hoje também num tem Nada. - Visões 02.1

Cara. O_o

Tô sem tempo.
Tô sem cabeça.
Tô sem saco.

Acho que passei pra segunda fase.
Então tô estudando.
Queria Muiiiiiiito tá escrevendo todo dia aqui. Mas num tenho tempo, entro só pra olhar nos sites básicos da vida, MEU EMAIL. u.u E leio os blogs em favoritos. Mesmo que eu num comente. Eu sempre leio. Sou um leitor assíduo. Principalmente destes daqui do lado >>>>>
Bom, como hoje eu não  vou escrever nada, vou postar um trecho de um projeto que tenho.
Capítulo 02 - Parte 1. 

Por favor. Esse é o único post que eu faço questão que comente. O resto eu nem ligo. Mas o do Visões Please.

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Cap. 02

Lamia.

 

            QUANDO EXISTE ALGUM CONFLITO e nele incluem pessoas teimosas, o destino final não pode ser outro. Clima tenso e silêncio. Marle pode ter todas suas qualidades, mas, como um humano qualquer, é cheia de defeitos. Algo que se pode notar é sua irritabilidade com algo fútil.

            ‘Marle... Será que podes explicar-me o que está acontecendo?’

            ‘Eu já disse, Guido, que não é nada... Que inferno! Marle fecha a cara.

            ‘Tu estás parecendo uma garota mimada com estas atitudes. Não vês que eu só quero te ajudar?’

            Os três param de andar, Marle fica frente a frente de Guido e com total rispidez descarrega todo seu mal-humor.

            ‘Nunca me chame de mimada. Você não me conhece para saber o que eu sinto ou passo’ – Marle coloca o dedo na cara de Guido.

            ‘Se não queres ser taxada de mimada, não aja como uma.’ – Guido se afasta.

            ‘Eu ajo como mimada? Você que só porque veio de uma família nobre acha que pode mandar em mim? Eu não sou empregada sua para você querer dar ordens.’

            ‘Marle, acalme-se, você está alterada... Guido, pare de provocá-la...’ – Aya se aproxima tentando manter a paz, que não parece algo muito fácil de conseguir.

            ‘Eu sinceramente cansei de tentar ajudar-te...’ – Guido segue andando.

            ‘Apenas me deixe em paz, fico bem melhor sem você.’

            Guido permanece calado, e os três seguem em frente. Após algum tempo, Marle avista uma pessoa deitada na grama, parecia estar dormindo ou desmaiada. Ela corre até onde está o corpo, os outros a acompanham. Marle ajoelha ao lado da mulher. O rosto dela está um pouco sujo e seus braços e pernas arranhados. Guido e Aya se aproximam e ajudam a tentar reanimar a mulher. Aparentando ter por volta de trinta anos, ela possui cabelos loiros dourados, pele branca, rosto sensível e usa uma roupa de tecido fino, lembrando muito, vestes reais. A mulher abre os olhos e logo que desperta, afasta-se rapidamente dos três e acaba caindo.

            ‘Você está bem?’ – Pergunta Aya.

            ‘Quem sois vós?’ – A mulher pergunta um pouco assustada e com os olhos ainda tentando se acostumar com a claridade.

            ‘Nós moramos aqui no vilarejo de Silves. Chamo-me Guido. Vimos-te caída aí, então viemos ajudar-te.’

            ‘Bom, sou Maria Lena Navarro Sequeira e Machado. Mas pode me chamar de Marle. E você como se chama?’

            ‘Anna Maria Castella de Noronha Hugel Barbosa... Obrigado por me acordar...’

            ‘Você é descendente da família de Castella De Bragança?’ – pergunta Guido.

            ‘Talvez...’

            ‘Anna, né? Você não parece muito bem... Vamos até a cidade cuidar desses seus arranhões, e me chame de Aya.’

            ‘Obrigada, garotos. Mas não tenho tempo.’ – Anna se levanta e ajeita a roupa. – ‘Estava muito cansada e devo ter acabado caindo aqui e cochilando, mas já estou bem.’

            Anna agradece novamente os três por terem acordado-a, e começa a andar, mas no primeiro passo ela sente uma pontada de dor na barriga e percebe que está ferida. ‘Devo ter me machucado em algum galho enquanto corria...’ pensa Anna. Ela cobre o ferimento com uma das mãos e quando levanta a cabeça escuta alguém batendo palmas vagarosamente. Imediatamente a respiração dela torna-se ofegante e ela roda procurando de onde vem o som, prestando atenção em todos os detalhes. Anna sabe exatamente quem é esta pessoa, ou melhor, Anna já esperava esse momento. Dá para ver em seus olhos a aflição em escutar aquele barulho, em pelo menos sentir aquela presença que ainda não tinha achado visualmente, mas sabia de quem era. Ela vira para os garotos e diz num tom desesperador para eles correrem, saírem de perto imediatamente.

Aya dá alguns passos para trás. Guido permanece no mesmo lugar, e com a mesma expressão, assim como Anna, ele parece também procurar de onde vinha o ruído que a deixou tão alterada. Marle, por sua vez, é a única que identificou de onde vinham as palmas. Seu olhar estava fixo em uma árvore, árvore esta que tem uma mulher escorada em seu tronco, a mesma que está batendo palmas. Aya vai até Marle e tenta chamá-la, mas ela parece está sem consciência, não ouve o que Aya diz, muito menos seu corpo sofre alguma reação. Ela está totalmente paralisada. Aya ao se aproximar da Marle, vê que ela olha para um ponto fixo, Aya procura saber para onde ela está olhando. Uma lágrima escorre no rosto de Marle e logo Aya, Guido e Anna percebem a mulher na árvore:

            ‘Sarah...’ – A voz de Anna sai num sussurro...

            Sarah possui cabelos brancos, quase azul-claros,  olhos azuis penetrantes, muito parecidos com os de Marle. Seu corpo é bem definido, não dava a idéia de que poderia ser uma “quarentona”. Veste roupas simples, como uma saia e uma camisa branca. Sarah mantém o rosto sério, pára de bater palmas e dá alguns passos à frente. Ela inclina um pouco a cabeça e fala.

            ‘Olá Anna! Como estás?’ – O cinismo é bastante perceptível em sua voz.

            ‘Sarah...’

            ‘Vejamos... Fizestes novos amiguinhos? Não os apresentará?’ – Sarah caminha para mais perto de Anna.

            ‘Oi! Meu nome é Aya Henriques. Prazer em conhecê-la, tia’ – Aya grita para Sarah acenando.

Sarah a olha, e antes que Aya a perceba, Sarah já está de frente para ela. –‘Gostei de ti, bastante simpática. Retirando a parte da “Tia”.’ – Sarah se
aproxima de Guido e ele se afasta com uma cara de reprovação.

            ‘Olá garoto, como se chama?’ – Sarah pega no queixo de Guido.

            ‘Guido! Afasta-te dela, ela é perigosa, pode te matar.’ – Anna grita muito nervosa.

            ‘Anna, pare com isso. Acabarás os assustando.’ – Sarah vira o rosto para Anna.

            ‘Saia daqui, Sarah, deixe-os em paz. Seus assuntos são comigo e não os envolve.’ – Anna recupera o controle.

             Sarah não presta atenção ao que Anna diz e volta a sua face para Guido – ‘Guido, então? Lindo nome, igual a ti. Ah, mas não fique se achando. Existem garotos mais bonitos que tu.’ – Sarah se aproxima de Marle. Ela olha nos olhos dela e diz.

‘Garota, estás assustada?’

Marle permanece em silêncio. Sarah nota o colar no pescoço de Marle e muda sua expressão.

‘Esse colar...’

‘Sarah... este é o último aviso, deixe-os em paz’ – Anna se aproxima de Sarah.

‘Então é isso. Achaste primeiro’ – Sarah se vira furiosa para Anna.

‘Do que estás a falar, Sarah?’

‘Do colar. Não percebestes?’

            Anna olha para o colar e seus olhos se dilatam. O tom de voz de Anna muda de um som materno que tenta proteger seu filhote de cair ao tentar andar, para quando percebe o risco que ele corre ao perceber um  predador.

            ‘Marle fuja, ela vai te matar’ – Anna grita e corre para cima de Sarah.

            ‘Tarde demais.’ – Sarah fala virando-se para Marle.

            Guido corre e puxa Marle para trás antes que Sarah a alcance. Anna retira do seu cinto quatro adagas e posiciona duas em cada mão. Ela se aproxima de Sarah e as duas se encaram. Anna movimenta os braços e atira duas adagas em direção a Sarah que desvia do ataque com uma esquiva bem rápida. No seu movimento, Sarah corre para trás de Anna e a acerta com um chute em suas costelas. O golpe a faz cair no chão. Anna olha de bruços, para baixo da esquerda para direita, procurando em seu instinto algum reflexo que ajude na sua sobrevivência. Sarah se aproxima de Anna e esta se levanta rapidamente e lança uma adaga, e devido à pequena distância entre as duas, Sarah não consegue desviar e defende com o braço. Ela tira a arma com rispidez abrindo ainda mais o ferimento.

A face de Sarah muda drasticamente do sarcástico para o ódio. As nuvens do céu tornam-se mais escuras e carregadas, os poucos raios de sol que conseguem ainda passar pela extensa camada deixa o rosto de Sarah mais pálido do que Anna nunca viu. Guido dá dois passos à frente e percebe o medo que exala de Anna sob a máscara que demonstra calma.

            ‘Potencia. “pluvia”.’ – Fala Sarah elevando os braços aos céus. O tempo escurece mais e as nuvens, mais densas. Marle e Aya olham para o céu, assustadas, a tempo de uma sussurrar ‘bruxaria’.

Guido continua com o olhar fixo em direção as duas. Não parecia ser surpresa para ele o idioma usado. Juraria ter visto aquela cena em algum lugar, ou melhor, a utilização do latim para esse fim.

            ‘Utilizando técnicas, não? Parece que seu latim está atrofiado. Sei que já aperfeiçoou técnicas bem mais fortes.’

            ‘Seja a primeira então. “inconcordia aqua”.’ – A mão de Sarah é envolvida por um fluxo de água. Começa a precipitar. Marle, Aya vão sob uma árvore. Guido permanece parado. Sarah avança em Anna e atinge um murro em cheio no rosto e agarra com a outra mão o pescoço dela, sufocando-a. Anna tenta se livrar da mão de Sarah, mas percebe que o fluxo de água na mão dela está invadindo sua garganta.

Guido, vendo aquela cena, corre e pega a adaga que atingiu o braço de Sarah e segue para atacá-la. Ao se aproximar o suficiente para atingi-la, com a mão livre, Sarah, agarra o punho de Guido que segura a adaga. Sem ao menos olhar para trás, ela dobra seu pulso liberando um barulho surdo. Guido arranca um grito do fundo da garganta, e Sarah soca seu estômago, sufocando o urro de dor dele, com o braço que segura Anna. Ao fazer isso, Anna se livra e imediatamente se recompõe e vira a face para Sarah.

            Marle grita o nome de Guido e tenta correr para ele. Aya que está logo atrás pula e segura as pernas dela fazendo as duas tombarem no chão. Marle levanta o rosto e com a visão embaçada por causa das lágrimas, observa Sarah soltar o punho de Guido e, ele  cair no chão, segurando seu pulso quebrado. Os olhos de Guido estão apertados devido à falta de ar. Anna passa a mão no rosto, para retirar uns fios presos ao rosto, e solta os cabelos amarrados, realçando mais ainda a cabeleira dourada. Com a chuva escorrendo no rosto, Anna estende os braços na horizontal.

            ‘Radius’ – as mãos de Anna ficam tremendo como um choque. Faíscas de eletricidade surgem ao redor, num movimento eletrostático irregular. Por causa da chuva a eletricidade ganha um maior campo elétrico.

Marle consegue se soltar de Aya e tenta se aproximar de Guido. Sarah ao perceber Marle se aproximando, vai a ela. Anna corre até Sarah e esta se vira com um chute, Anna aproxima e eleva os dois braços defendendo, mas Sarah a acerta com uma mão na cabeça e a faz cair no chão. Sarah volta a atenção para Marle que está ajoelhada ao lado de Guido. Ao dar um passo, a perna de Sarah começa a ter cãibras. Anna caída no chão, aperta as mãos arrancando algumas gramas e se levanta.

‘Blanditia’ – Uma Adaga que estava caída próxima a Anna flutua rapidamente até a mão de Anna que tenta atingir Sarah. Sarah desvia da adaga, mas tem um pedaço da sua blusa rasgada. Anna tenta novamente acertar a adaga, mas falha. As mãos de Anna estão ficando mais instáveis e as de Sarah enrugadas.

Aya vai até onde Marle está e a ajuda a carregar Guido para um local mais seguro. As folhas das árvores balançam num ritmo fúnebre, assim como o assobio do vento ao cortar a densa chuva que cai e Guido, por um momento, pergunta a si mesmo se tudo aquilo era real.

Anna com um murro acerta as costas de Sarah, e esta se vira, mas pára em seguida com uma enorme deficiência na respiração, caída um pouco pra frente.

‘O que fizestes comigo?’

‘Ah... Sarah! O que estás acontecendo a ti? Tão inteligente e não entendestes ainda?’ – Anna libera da mão, um pequeno raio de eletricidade.

Sarah fecha os olhos e tenta controlar a sua respiração, ela deixa sua coluna reta e tenta se concentrar. A capacidade de percepção de Sarah é elevada, cada gota de chuva que cai nas folhas das árvores é perceptível para ela, e Marle mesmo desconcentrada tem a mesma sensação que Sarah. Esta dá voltas em torno de Anna.

‘Sabes que não podes usar por muito tempo, não sabes?’ – Sarah para de frente ao rosto de Anna.

Anna inclina o pescoço um pouco pro lado e transfere todo o peso do corpo para a outra perna. – ‘Sarah... Conheces Lara. Jamais ela deixaria passar algo nos meus ensinamentos. Posso controlar a eletricidade, mas sei que não tenho proteção contra ele e diferente de ti, meus músculos se distendem e se contraem ao meu comando. Sem cãibras.’

‘Anna. Não tenho tempo para ti. Preciso desse colar.’ – Sarah se vira para onde Marle está e anda em direção a ela. Com os passos firmes, Sarah abaixa um pouco a cabeça e acelera o passo. A eletricidade que corre na mão de Anna se intensifica dando picos que fazem os braços dela contorcerem fortemente.

‘Não. Dessa vez não vai ocorrer nenhuma desgraça’ – Anna corre rapidamente para cima de Sarah – ‘Marle... Leve os outros daqui e se protejam.’

‘Já chega’ – Sarah gira em torno de uma perna, furiosamente, e coloca a mão direita sobre a esquerda apontando para Anna – ‘Flumen minuo’ – As gotas de chuva que estão ao redor de Sarah se concentram na palma de sua mão e são liberadas num jato violento, atingindo Anna que é arremessada contra uma árvore. – ‘E quanto a vós...’ – Sarah olha nos olhos de Marle. – ‘Aequoreus murus’ – Uma imensa barreira de água surge ao redor do campo onde todos estão.  Marle olha desesperada para Anna e a vê caída tentando se levantar sem sucesso.

‘Aya, não largue o Guido.’

‘Espera, Marle! Você não pode. Anna mandou que ficássemos aqui.’

‘Se ficarmos aqui. Ela pode morrer.’

‘Mas Marle... Elas são bruxas.’

‘Isso não importa. De alguma forma isto tem ligação comigo’ – Marle levanta e apóia um dos braços no joelho apontando o outro braço em direção a Sarah que vem se aproximando dos três. – ‘e eu quero saber tudo. De qualquer forma se ficarmos aqui correremos riscos. Guido se machucou por minha causa, ele até desmaiou. Eu vou.’ – Marle joga os sapatos no chão e fica de frente a Sarah. Ela pára e as duas se encaram.

‘O colar, garota.’

‘Esse colar me pertence. Foi passado a mim, pela minha mãe.’ – Marle tira o colar do pescoço e o aperta na mão. – ‘Não deixarei você roubá-lo’ – Ela se posiciona firme diante de Sarah.

‘E o que farás? Gritarás pela mamãe?’ – Sarah continua fixa em sua posição. O reflexo de uma vaga luz é perceptível nos seus olhos.

Marle sente um enorme arrepio até a nuca e em uma das poucas vezes na vida  percebe que está tentando fazer algo mais que lhe é possível. Marle põe uma das pernas para trás e logo sente o cabelo passar ao lado do seu rosto. Sem perceber, Marle já está correndo para a direita sem rumo e sem consciência, está correndo por puro instinto. Seus pensamentos estão a levando ao longínquo, a um passado distante, passado cujo nunca ela queria se lembrar de novo.

Sarah aponta o indicador seguindo Marle. – ‘Spiculum congelo’  – Agulhas de Gelo se formam na ponta do dedo dela e são atiradas em Marle. A voz de Sarah desperta Marle de seus pensamentos que a faz parar subitamente, escorregando na grama molhada, lançando o colar a alguns metros dela. Sarah cessa o ataque a Marle e se aproxima do colar. Marle levanta a cabeça e grita...

To Be Continued.!
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Acho que essa semana eu só vou fazer isso aqui. Postar trechos de Projetos. Sei lá. Tem que ter um pouco de cultura aqui. Só tem eu me acabando por causa da minha multipolaridade.

Já é quase um campo elétrico.

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domingo, 23 de novembro de 2008

¬¬

Num tem nada hoje. Tô de mau humor. Tô de ressaca.

Tô com sono. Tô com preguiça.
E foda-se o vestibular.
Pau no cu da UFC. Filha da putagem.



.____________________________.'

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sábado, 22 de novembro de 2008

T-sol.



Lembro-me de quando eu era criança. Eu escutava a palavra Terçol e logo vinha na minha cabeça T-sol? Seria um "T"+ "Sol"? Então eu pensava, "deve ser porque é amarelinho e parece com o sol. Mas não sei o porquê do T." Imaginação de pivete é foda. Às vezes me dar uma saudade da infância. De quando eu era pivete. Eu era inocente. Pelo menos até minha 5º série. Minha concepção de sexo, drogas, roubo, vestibular, assalto, falsidade, escória, falta de caráter, 
orientação sexual, cobrança, bebidas, festas, amizade, palavrões e outras trocentas coisas, era tão falha.
Sim. Eu fui inocente até por volta da 5º série. E fui, precocemente(sim, eu acho que foi precocemente), apresentado ao mundo dos adultos. Eu não queria. Mas chega um momento que você deve abandonar a asa de sua mãe e começar a se cuidar sozinho. Foi difícil pra mim, ter que largar meus brinquedos. Largar meus desenhos animados. Largar meus cd's infantis(eu odeio a xuxa). Diferente que da maioria das pessoas, eu não queria crescer logo. Eu queria continuar durante mais tempo inocente, como criança. No meu FANTÁSTICO MUNDO PERFEITO, no qual eu mandava até onde eu queria. Eu podia ser o que quisesse. Mas isso acabou. Para eu ser o que eu quero, eu vou ter que ralar muito agora. Estou apenas com 17. Cara, o que uma pessoa de 17 tem de preparo pra enfrentar um mundo todo? Tô terminando 3º Ano. E depois? Depois vem a cobrança dos pais. Que você deve se formar. Deve arranjar um emprego. Formar uma família. Putz! Foda-se. Eu não me sinto preparado pra tudo isso. Eu ainda me acho muito jovem
 e muito imaturo pra ter que passar por tudo isso. Eu já tenho idade civil suficiente pra arranjar um emprego, biológica suficiente pra gerar filhos, mas psicologicamente eu não acho que estou preparado. E pelo jeito ainda vou papocar bastante nessa vida, por ser do jeito que eu sou. E esses caras e garotas que aos 17 anos acham que sabem de tudo, não passam de uns babacas que não tem idéia do que é ter que cuidar da sua vida. Acham que sabem de tudo, mas tire a familia de perto, que não duram um dia sequer. Eu 
não queria ter entrado no mundo adulto agora. A verdade é que eu queria ainda ter permanecido ainda mais 10 anos no meu mundo infantil. Inocente e ainda acreditando que MEU mundo é TUDO. Que eu mando na minha imaginação, sem ninguém me privar por isso. Apesar de o mundo adulto me oferecer  muiiitas coisas interessantes, boas e prazerosas(xD), eu ainda queria ter passado mais tempo na minha doce ilusão.
-Leseira Mode ON-
Droga. Acabo de lembrar sobre o que eu queria falar hoje. ¬¬ Era sobre Sonhos. Fica pra amanhã.
-Leseira Mode OFF-
Continuando meu pequeno mundo e história contada desde 1991. Eu lembro que quando eu era pivete, minha mãe tinha uma parati vermelha. Ficou com a gente durante muitos anos. Acho que uns 14 talvez. Minha mãe adorava aquele carro. Mas não sei porquê na Minha mente, os carros da minha mãe foram: -Um corcel vermelho até meus 2 anos; -Uma Belina, também vermelha, 
até meus quatro anos; e a Parati vermelha, até alguns anos atrás. Só que, na verdade, só foram o Corcel e a Parati, ambos vermelhos. E eu chamava a tal Belina(que era a parati na verdade) de "Depotiste". Até hoje não sei daonde eu tirei esse nome. Depotiste. Pro nome do carro. xD~
Minha imaginação era fértil pra caramba quando eu era pivete. Era tanta, que meu desenho preferido era "O Fantástico Mundo de Bobby". Eu amava esse desenho. E todos diziam que eu era o Bobby todo. Tinha o cabeção. Passava o dia viajando na imaginação. E sempre em cima de uma moto, vulgo triciclo. xD~ Meu sonho era ter um Webbly. Aquela aranha dele. *-*
Eu morro de chorar até hoje toda vez que eu me lembro desse desenho.
E é a primeira vez que eu falo tão claramente como eu era. Não tanto assim. Mas eu sempre falo muito de mim. Mas apenas o que aconteceu ultimamente. Quem me conheceu em 2007, sabe tudo que aconteceu de mim até hoje, desde essa data. Antes quase nada. E assim vai.
O que um Maldito Blog num faz. Mas postar me faz bem. Relaxar antes da prova que vai, sei lá, Decidir uma parte da minha vida?

*vou morrer de chorar"

"O Fantástico Mundo de Bobby"




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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Inconstância.

E Antes que eu me esqueça.

EU vou mudar o layout dessa porcaria. Sem graça. E sem utilidade depois da 1º Fase da UFC.
Cansei desse. Ahh, mudo muiito. u_u
Mais um exemplo de bipolaridade. Sou inconstante pra caramba. Mudo meu wallpaper direto.


PS:¹ A gelatina vai continuar roxa. 
PS:² E esse post não interessa nada. Pule-o. 

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30 minutes... for Somebody!


Geralmente eu penso antes, pelo menos, sobre o assunto que eu vou escrever no blog. 
Não que eu prepare o texto, mas penso ao menos sobre o que vou falar. Exemplo:"Vou escrever sobre minha decepção", faço a gelatina depois eu coloco pra escrever. E vai fluindo. Vai saindo da minha cabeça e vou escrevendo. Tô me sentindo, digamos, meio só. Abandonado. Tive uma conversa com a "Jellyfish" Azul. Sobre abandono. Interessante que... Droga, esqueci o que ia falar. Maldito MSN. 
Bom. Tô cansado. Tô com dor no corpo todo. Tô estressado. Tô com vontade de ficar só e não, ao mesmo tempo. Ah. Lembrei. Interessante que *maldito MSN piscando na hora que eu lembro* nós conversavamos sobre abandono. E EU é que tava escutando o que ela tinha a me dizer quanto a isso. Só que hoje eu perguntei a ela como ela estava, e ela me disse que bem. Então a conversa surtiu efeito positivo para ela e negativo para mim. 
Eu tô me sentindo abandonado pra caramba. Parece que quando eu tô muito próximo de uma pessoa, amizade, essa pessoa vai embora depois de um tempo pra ser feliz longe de mim. Isso já aconteceu taaaantas vezes. Só que funciona da seguinte maneira. A pessoa não deixa de ser um grande amigo. Mas, poxa, quase sempre, ou ela vai pra longe, ou ela arruma um namoro. Não que tenha algum problema em arranjar um namoro. Mas sabe como é. Eu sempre fico de vela. E isso não é muito legal. E também sinto a falta de atenção que isso acarreta. Claro que era óbvio que isso acontece. Afinal a namorada(o) se torna mais importante que eu. Tô sendo egoísta em pensar só em mim. Eu sei que a outra pessoa tá feliz. E isso me deixa feliz. Mas não evita que eu me sinta sozinho. Eu tento mostrar que tá tudo bem, mas não tá tão bem assim. O problema é que pra cada pessoa que eu me aproximo bastante, acontece sempre uma das duas coisas. Geralmente a segunda. E eu fico abandonado. Ok. Abandonado é uma palavra um pouco forte. Mas é o que acontece. E você deve ta se perguntando: "Por que ele num arranja um namoro e deixa a outra pessoa ser feliz". Porquê Eu não estou na seca pra ir saindo atrás de ninguém. Um pouco em abstinência talvez. Porquê eu acho que isso não vai mudar muito o que eu tô sentindo. E não é tão fácil pra mim, se é que alguém vai me entender. Porra. Acho que tudo isso é tensão. Mas a verdade é essa. Acho que a única pessoa que tá perto de mim, atualmente, sempre, mesmo estando namorando, é a "jellyfish" amarela. Novamente elas aqui. Azul e Amarela. Depois de um post exclusivo. Novamente. 

Então é isso. Eu reclamando da vida de mão cheia. Reclamando de quem tá sempre ao meu lado, mas não como eu quero. Reclamando porque eu não tenho o computador que eu quero, apesar do meu ser muiiito bom mesmo. Reclamando porque eu não nasci com o olho verde do meu pai. Meu pai... Devia tê-lo aproveitado mais. Mas o tempo passou. Agora não tem volta. Amanhã vai fazer 5 meses que ele se foi. Espero que pra um lugar melhor. Que eu nem sei se acredito em Céu, Inferno. Religião. 

Mas acho que eu devia mesmo era arranjar um namoro e deixar os outros serem felizes. Droga. E vou logo pedindo desculpas as pessoas que se sentiram incluídas no "me abandonaram". Abandonar nesse sentido. Quer apenas dizer:"Se afastou um pouco". Odeio me sentir sozinho, mas odeio me sentir sufocado. Odeio pregação em namoro. Odeio ficar 10 segundos longe de quem eu gosto. Eu sou meio bipolar, eu acho. 
Vai tudo pra puta que pariu.





Não que eu faria isso. Mas me lembrei que é como as vezes eu me sinto:
t.A.T.u. - 30 minutes


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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dois lados...




       
Esse post não é sobre mim. Por isso não leva a gelatina. Na verdade são sobre duas pessoas próximas a mim. Duas pessoas muito importantes, que por alguns motivos, estão tão distantes, mas tão pertos. Se gostam tanto, mas não se ajudam a gostarem mutuamente. 

Uma é Loira. A outra Morena; Uma é Azul. A outra Amarela; Uma tem o olho verde. A outra tem o olho castanho; Uma é um pouco tímida para falar em público. A outra rasga logo; Uma prefere  músicas internacionais. A outra prefere Rock Nacional; Uma acha que todo mundo está com raiva dela. A outra parece que ta com raiva de todo mundo; Uma tem o cabelo liso. A outra tem o cabelo cacheado; Uma tenta sempre unir. A outra espera que as pessoas venham; Uma é filha única. A outra tem irmã; Uma não faz grandes amigos tão rápido. A outra tem facilidade em fazer grandes amigo; Uma acha que a outra não liga pra ela. A outra acha que uma não liga pra ela; Uma se importa demais com a outra. A outra se importa demais com uma; Uma não interpreta bem. A outra não se expressa bem. Uma acha que a outra a abandonou por causa dos novos amigos. A outra acha que uma a abandonou por causa do namoro;

Duas pessoas tão diferentes. Que brigam tanto. Que sempre discutem. Que quase nunca possuem a mesma opinião. Mas que se completam. Uma amizade apenas. Fico muito triste.
 Mal. =( . Angustiado. E sinônimos em vê-las assim. Acho que uma simples conversa poderia ter resolvido tudo. Mas acho que elas não conseguem nem conversar sem brigar. Queria pedir desculpa as duas por tentar me meter num assunto que não me envolve. Não consigo ver duas pessoas com uma amizade que tem nessa situação. Só espero que isto passe logo. E elas logo se resolvam. Não que estejam sem se falar, mas está um clima chato entre as duas. Isso não é legal de se ver. Pior ainda, pra quem se mete, quando se é amigo das duas. Uma sempre acha que eu tô defendendo a outra. Mas não é verdade. Eu não tô defendendo ninguém. Eu só queria que elas soubessem que a amizade e a preocupação que elas sentem, é recíproca. Talvez uma não consiga demonstrar pra outra, que é importante. que se importa. Talvez uma não consiga esconder o que sente e por isso fica 
triste mesmo. Talvez a outra seja durona e queira mostrar que é forte, e que no fundo sofre pra caramba com o próprio orgulho. Sei que eu posso estar totalmente equivocado sobre minha posição sobre o assunto. Mas é minha opinião. Que pelo menos se uma delas chegar a ler, saiba que a amizade entre vocês é mais importante que qualquer outra coisa que possa acabar com esse vínculo. Não serão outros vínculos que acabaram com os antigos. Nem laços de amor que as afastarão.  Só precisam aprender que uma precisa da outra. E evitar que coisas fúteis acabe com essa ligação. Peço a vocês que caso aconteça algo que não agrade uma das duas, tentem conversar. Se não adiantar... Apenas se abracem e digam que o quanto são importantes pra cada uma. E apenas relevem o acontecido. O mundo seria tão mais interessante se cada pessoa relevasse coisas que a magoasse e perdoasse erros cometidos pelas pessoas que ama. Quando falo erros, exclui traição na amizade, pra mim isso não tem perdão. Então tecnicamente é isso.

Vocês duas... Post dedicado a vocês. E não pensem que não são importantes pra mim, porque são.


Gram - Você Pode Ir Na Janela


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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Foda-se


Nunca percebi o quanto eu uso essa palavra. Foda-se.

Lembro-me que quando eu era pivete, eu não gostava de falar palavrão, achava feio, e retardado quem falava. Até que quando cheguei ao "mundo adulto", percebi que o uso de palavrão se torna essencial. Às vezes por necessidade, às vezes por pura gíria. Mas Foda-se é a palavra para se usar em toda hora. Tem um certo acontecimento nessa semana que eu achava que ia morrer quando acontecesse. Não era pra eu ficar assim. Mas eu fico. Pessoa do Contra. Até descobrir a magia que a palavra Foda-se adquire ao assunto. Eu pensei que eu iria morrer de chorar. Sim, eu choro apesar de homem, choro pra caramba. Seco minhas glândulas lacrimais de tanto chorar, por motivos necessários, claro, mas também por motivos fúteis, na maioria das vezes. Só que ultimamente tenho parado de chorar. Então. Eu pensei que ia morrer de chorar. Mas para minha surpresa, e depois de mil patadas. Descobri que... Foda-se... Eu não mais nem aí. Foda-se o que aconteceu. Foda-se se eu não passar no vestibular. Foda-se quem não gosta do que escrevo.

A questão é: Descobri que posso ser feliz, sem ter minha vida girando em função de uma pessoa. Por mais que eu a AME. Seja morto e louco de apaixonado. Seja quase tudo para mim. Percebi que eu valho mais que isso. Então Foda-se. Dói, mas não sofro mais. Se essa é a decisão dela. Foda-se ela e todo o resto. Eu tenho pessoas que me amam. Tenho minha mãe. Tenho o que eu acho que seja necessário para eu viver bem (Agradeço a Katia do Blog "O fantástico mundo de Katia Flavia", pois um dos post dela, me fez perceber isso mais ainda). E por mais que eu não tenha o que eu mais quero, eu ainda assim quero ser feliz.  Foda-se, ela, com sua decisão. Foda-se com seus princípios. Foda-se pelos seus medos e angústias. Meu tempo esgotou. Então Foda-se. Porque agora quem não quer saber mais de nada sou eu. Foda-se as tentativas de brincar com meus sentimentos. Criei uma barreira. Foda-se tudo que ela representa pra mim. Agora eu digo. Acabou essa minha angústia. Eu NÃO quero mais. Então eu não vou ter mais! Ainda vou amar? Sim, ainda vou continuar amando, muito, não sei até quando. Mas Foda-se. Cansei. E não estou revoltado. Estou apenas expressando minha felicidade de um modo diferente. Um murro era tudo o que eu queria dar. Mas não posso. Foda-se, então.

Muitas pessoas vão ficar feliz em saber disso. Outra, no singular mesmo, talvez não fique tão feliz. Foda-se. Será apenas porque perdeu seu brinquedinho. Perdeu sua diversão, de fazer sofrer. De fazer EU correr quem nem um Babaca. Estar, sempre, esperando. Ter aquela minha cara de idiota, para rir, toda vez que está na minha frente. Ou esperar eu mandar aquela sigla, clichê, tosca e horrível, mas "falling in love", NEOQEAV. Foda-se. Como eu já disse. Eu valho mais do que isso. Então adeus brinquedinho. E Foda-se. Quanto a amizade? Quem sabe. Mas EU não vou atrás. E Foda-se se ela não vier. Uma hora, um dia, um ano, em seu tempo, ela saberá o que perdeu. Perceberá que estava errada o tempo todo. Se arrependerá e voltará atrás. E quanto a mim? Vou me tremer nas bases, total. Vou ficar totalmente balançado. Mas tenho que cumprir o que eu quero. Então Foda-se ela. Mas será tarde. Bem tarde. Nossa, Já É tarde. Então Foda-se ela a partir do momento que ela descobrir que quer voltar atrás. Porque eu, acho, que não vou. Então Foda-se.

Eu disse que o blog ia acabar virando uma consulta ao Psicanalista. 

E como diria a Rita Lee, no ceará Music:
"Foda-se a japa."

Rita Lee - Mutante
Rita Lee - Mutante

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Espelhos


Espelhos.

            Olho-me no espelho, a descrição soberba do eu. Detalhes cheios de detalhes, brilho e sombra, a expressão típica de uma ótima vida. Mas isso não é o importante. Quebro o espelho. Sangue. O fim de uma máscara. Sangue. O que vejo são pedaços de uma mente deslocada.

            Papel. Preciso de problemas. Necessito, urgentemente, de algo que possa esconder-me da vida. Encharcado. Às vezes penso. Às vezes apenas vivo. Mas procuro entender a necessidade de um sentimento. Papel. Rostos olham para mim, criticando-me, deprecia-me. Qual deles eu sou? Apenas pedaços de mente deslocada Problemas? Depressões? Alegrias? Tudo não passa de fuga da realidade. Estancou. Máscara escolhida. Novos problemas, antigas angústias. Pedaços de uma mente renovada. Renovada. Nova. Nova? O que é nova?  O que é novo, é breve. Uma hemorragia é breve? Breve se diz o que passa rápido. Meu corpo passa rápido. Meu corpo é breve, logo passa. Mente insana. Pára no tempo. Estancada? Talvez. Apenas máscaras. Antigas angústias. Breves problemas são apenas, mais papel, para esconder antigas angústias, mais sangue. Remédio. Nunca estancará.

            Apenas pedaços de uma mente deslocada. Corte breve, logo passa. Corte profundo, estanca no tempo.

Rafael Guimarães
20/10/08

Um conto. Bem no estilo clariciano. ;D
E estou na minha semana de música internacional. u.u
Combina bem com o momento. ^^\/

Limp Bizkit - Behind Blue Eyes


UPDATE: E eu prefiro 300 vezes a versão do limp bizkit do que a original. E foda-se quem pensar o contrário. 

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sábado, 15 de novembro de 2008

Why

Why...

 

- Why me?
- I wanted to know because
- Why you like me?
- I don’t know...
- Why it didn’t say before?
- Cuz I’m stupid… I felt fear
- I don’t understand… What you search?
- The happiness.
- Why with me?
- Cuz I love you, this is very simple…
- But… It is wrong; you are my only friend...
- How dare you say I go about the things in the wrong way?
- We are friends...
- I need to be loved…
- I like of you as well as like of another friend
- Shit! I believe in my heart, and then I go follow my feelings
- Why you believe that we can give certain?
- Cuz we are free in the love
- But..
- Just try
- To try?
- Yes

(kissing)
- I love you... I think
- No! It’s true
- Maybe...
- Shut up... Just love me
- I’m so confused
- So only kiss me...


Ok. Isso não é um conto.

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o___o

Num achei descrição melhor pro título.  O___O

Definitivamente é isso.
Vestibular amanhã. Eu não sei porra nenhuma de física. Não tô nem um pouco preocupado, pois se estivesse estaria estudando. u.u
E tô aqui escrevendo. ARGH @_@
Ahh se eu tivesse a mesma sorte e fechasse fisica igual no simulado i__i.
Mas num passo nem a pau. =( 
Droga! Preciso fazer malditas 33(no mínim) questões pra passar o___________________________o'


E hoje não tem imagem da Gelatina. A bichinha, tsc, Morro de Pena. Tem que descansar.


Cara, ser pobre é a pior desgraça. Tá tendo aqui em Fortaleza a Bienal do Livro. Fui lá hoje. Eu queria comprar 35 mil livros. i__i. Mas sai de casa com 8 reais e gastei no almoço. u_u
Eu poderia ter guardado pra comprar livro(dariam tantos ¬¬), mas lembrei que meu estômago não digere celulose. ;D
Já disse que faço vestibular amanhã? E eu nem uso corretor nos meus post's U__U 

E eu não sei mais o que escrever aqui. Cara, depois do vestibular eu PROMETO que eu vou dar um rumo nisso daqui. u.u
E eu não quero mais falar de vestibular. Afinal eu tenho que mostrar que não estou nervoso, mas no fundo eu acho que eu tô, ao menos, um pouco preocupado.
E não sei o que dizer pra vocês, alguma interatividade. Ou sei lá. 

Para ler, escutando... Nelly Furtado - Try

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Guara Mix















Cara... Esse troço é meio fraco. Mas me deixa ligadão. incrivelmente AINDA não estou com sono em plena 22.35 da madrugada. :D
Já tomei duas garrafas hoje. 
Pior que o gosto desse energético é, digamos, uma mistura do gosto de chiclete com um gosto de refrigerante sem gás. Sei lá, eu gostei. Comprem. Se não deixar acordado, comprem ao menos pra beber.
3.50 nas lojas de conveniência dos postos de combustíveis. É guaraná + açaí + ginseng. ;D

Argh @_@
Eu tô ficando Maluco já. O trabalho que eu tô tendo essa semana pra terminar o DVD da sala. ¬¬' nam... Montar um DVD multimidia em que trabalho sozinho não é fácil. Mas eu gosto. Acho que sou muito é corno, por gostar de um trabalho que utiliza a tecnica do esclavagismo (bando de comensais), me deixa nervoso, estressado, com raiva, mau-humor, dor de cabeça e coisas do gênero. Mas quando eu termino, eu sinto uma gratificação imensa *_*
Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas... o problema não está aí. Acontece que eu vou fazer uma prova de vestibular domingo. Estadual. Não sei de pacas nenhuma. E num tô nem preocupado ¬¬'. E se eu não passar vai virar inferno aqui em casa. :D

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas.. é isso. :D

E aqui um vídeo das meninas da música que eu mais amo. *-*
*passar a madrugada montando o DVD e ouvindo t.A.T.u.
Novo single delas *________*
PERFEITAS: *baba*

t.A.T.u. - Beliy Plaschik


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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Visões, Ozônio.

Cara, isso já ta no meu computador há 3 anos. A história original não se compara em nada com a atual. Talvez, apenas, o nome da antagonista que continua o mesmo. Já possuo até o capítulo 6. É bem extensa. Interessante que já tenho pronto na cabeça há meses, mas não escrevo. Tenho medo de esquecer. Algumas pessoas que já leram, acharam bem interessante, mas preciso de uma segunda opinião. Uma opinião sincera e de preferência de alguém que eu não conheça. Queria saber sobre a maneira de escrever, se não está uma leitura cansativa, se não está muito confusa, e coisas do tipo. :D Se quiser uma sinopse, perdão. Mas EU não consigo fazer uma sinopse da minha própria criação.


~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

Cap. 00

Cassus.

           

            As pessoas acreditam que se pudéssemos ver o futuro evitaríamos muitas coisas, poderíamos ser mais felizes. A idéia de prever o futuro vem desde os tempos antigos, talvez da época em que gatos eram considerados sagrados e você ainda não tinha atum em lata. Povos antigos acreditavam poder ver o futuro, mas no máximo conseguiam prever a próxima chuva que acabaria com a plantação. Talvez olhar para as estrelas e prever os dias seguintes seja tão eficiente quanto colocar o dedo na tomada por instinto de sobrevivência.

            Sonhos também podem revelar o futuro. Dependendo do sonho, você pode sonhar com sua vizinha feia fazendo um “strip”. Nem por isso se tornaria realidade. O que ocorre é que muitos tentam provar esse dom (ou carma?). Talvez seja verdade, talvez não, mas e se realmente pudéssemos ver o tal futuro que nos espera? Talvez você se sentisse mais aliviado sabendo que iria morrer de forma violenta e dolorosa, não?

            A principal questão é: E se pudéssemos ver adiante, poderíamos evitá-lo? Ou a vida é um destino traçado que é escrito assim como você nasce? Poderíamos comparar a vida também como uma areia da beira do mar, algo é escrito e de acordo com as atitudes tomadas, pode vir uma onda e apagar aquele tal destino.

            Podemos também comparar o futuro com uma montanha russa, subidas e descidas. Tudo bem que isso não tem muito a ver, mas podemos dizer que toda subida que você realizar agora, mas à frente terá a queda. Isso pode ser apenas a aceleração da gravidade que atua em nossos corpos, mas a verdade é que tem um pouco de fundamento, diferente das épocas das latinhas de atum, que se acreditava poder ver o futuro em estrelas, búzios, mãos, cartas (será que ainda acreditam nisso?).

            A questão mais convincente é a dos sonhos, que pode ser explicado como uma espécie de “dejavu”, algo que está acontecendo no momento e você jura ter vivido antes, sendo a mesma possibilidade de você ver uma água-viva andando no meio do asfalto. A explicação sobre essa tal “loucura” humana é que sua memória armazena informações e ora elas podem ser confundidas e trocadas, dando a impressão de já visto, que se não me falha a memória é justamente a tradução ao pé da letra da expressão francesa. A resposta pra isso está no cérebro, um órgão relativamente interessante. Alguns cachorros chegam a 80 de QI! Nossa... algumas pessoas que eu conheço perdem é feio nesses testes.

    A questão da possibilidade de uma visão totalmente bem sucedida é mínima. Talvez tenha alguma coisa a ver com mutações genética, ou energias “positivas” e “negativas”, ou mesmo uma seleção natural. Na verdade isso está mais pra uma seleção “não-natural”.

 


 

Cap. 01

Primoris Contactus.

 

 

             EM ALGUM LUGAR DO PASSADO, mais precisamente no vilarejo de Silves localizado no distrito de Faro situado em Portugal, Marle está na margem do rio Arade.

Silves foi, há algumas décadas, conquistada dos muçulmanos pelo império português e logo se tornou a capital da região de Algarve. O rio Arade que passa vizinho a cidade é uma importante rota de comércio do estado.

Sem nada de mais interessante para fazer, Marle fica em pé olhando para o rio vendo seu reflexo, garota jovem, cabelos castanhos compridos, lisos e macios, olhos azuis com ao redor da pupila cor de mel, lembrando um sol em um céu limpo, pele branca comum às portuguesas, estatura relativamente alta principalmente comparada a de suas conterrâneas do século XIV. Sua face na água, um pouco distorcida por causa da correnteza, revela um traço marcante no rosto, não de alguém com coragem, mas sim de alguém no qual se preocupa com o próximo e que faria de tudo para protegê-lo. Ela quase todos os dias vem à esse mesmo local a beira do rio para poder refletir, e neste exato momento está longe, pensando em algo que há muito tempo não sai da sua cabeça. Sua reflexão é interrompida por Guido, chamando pelo seu nome.

            Marle...’- Ele é um rapaz que aparenta ter a mesma idade dela, possui cabelos castanhos claro um pouco grandes fazendo uma franja até um pouco abaixo da sobrancelha, seus olhos são bem escuros, mas brilhantes, pele morena, percebia-se logo que ele não é natural daquela região. Seu corpo não é nem musculoso, muito menos gordo, possui uma anatomia ótima para velocidade. Sua expressão transmitia um ar sério, senão, mal-humorado.

            Guido! Aconteceu algo? Você está com uma expressão séria... Está bem, você sempre está sério, mas dessa vez está diferente...’ – Marle vira o rosto em direção a ele.

            ‘Acontece que eu não consigo achar a Aya, já procurei em todos os locais.’ – Guido vira seu rosto olhando em volta.

            ‘Bom, Guido, o vilarejo não é grande, mas você veio de outra região, ainda não deve está familiarizado com o local. E porque você quer tanto achar a Aya?’ – Ela se aproxima de Guido tentando fazê-lo concentrar-se em suas palavras.

            ‘Estava a caminhar, quando escutei alguns a dizer que uma pessoa está presa por roubo na propriedade do castelo.’ – Guido olha diretamente nos olhos dela.

            ‘E você acha que foi a Aya quem cometeu este roubo?’

            ‘Quem mais roubaria melancias?’

‘Meu Deus... Guido, nós vamos até o calabouço, temos que tirá-la de lá’ – Marle sai correndo em direção ao centro da cidade, puxando Guido pelo braço.

            Os dois saem correndo pelas ruas da cidade, esbarrando em algumas pessoas no caminho. Logo, eles chegam à entrada do castelo localizado no norte da cidade. Eles entram e Marle se aproxima do guarda responsável.

            ‘B-Boa tarde, nós estamos aqui atrás da garota que foi presa por roubo.’

            ‘Vós a prendestes aqui?’ – Guido chega após, questionando o guarda

            ‘Estás a falar da garota que roubou a horta do castelo?’ – Fala o soldado com a face não muito amistosa.

            ‘Sim, essa mesmo. Ela está?’ – Marle tenta obter alguma informação.

            ‘Está e ficará até amanhã pela manhã. O ducado pode ter acabado, mas ainda temos o dever de manter a ordem em Silves’ – O guarda senta em um banco.

            ‘Podemos falar com ela hoje? Uma visita...’ – Suplica Marle

            ‘Abrirei excepção para vós, mas apenas porque ela não cometeu um crime muito grave’

            O guarda levanta e pega um molho em cima da mesa e pede para que os dois o siga. Ele abre uma pesada porta de ferro e desce uma escada em espiral até o andar debaixo. Ele segue até a segunda cela e abre, dentro está Aya deitada no chão abraçada a uma melancia. Aya possui os olhos azuis escuros, diferentes dos de Marle que são da cor do oceano, os cabelos lisos e compridos até o busto, os de Marle só vão até o ombro, de cor um pouco estranha é algo parecido com um lilás, Marle se não soubesse que aquilo é natural, diria que é tintura. Seu rosto é macio e delicado, sua expressão dá uma sensação de inocência apesar de todo o seu corpo transmitir exatamente o contrário.

            Aya! Larga essa melancia!’ – Marle dá um grito.

            ‘Esse foi o motivo no qual resolvemos deixá-la presa até amanhã, tentamos de todas as formas fazê-la largar a melancia, mas parece algo impossível’ – Fala o guarda mais à vontade.

            ‘E vou continuar sem largar. “Malancias” estão extintas. Algum ser maligno deve está acabando com todas’ – Fala Aya levantando-se.

            ‘Vamos Aya, largue essa melancia para nós irmos.’ – Guido se aproxima de Aya.

            ‘É, Aya

            ‘Mas... e minha “malancia”?’ – Aya faz uma cara de choro.

            ‘Nós procuraremos outra, mas, por favor, larga a porcaria desta melancia’

            Aya, nós não temos o dia todo’ – Marle muda a voz.

            ‘Tá.. Eu largo, mas a gente tem que procurar uma ainda hoje’ – Aya solta a melancia e todos sobem para o andar onde está a saída. O guarda faz uma observação.

            E vós dois, não quero mais saber de outro problema envolvendo essa garota estranha. Estais a ouvir?’

            ‘Certo, tu não verás mais essa garota metida em nenhuma confusão... Eu espero’ – Guido fala, saindo da sala do castelo.

           

OS TRÊS SE DIRIGEM CALADOS à cidade, até que Aya quebra o silêncio, perguntando a que horas iriam atrás da melancia, mas nenhum dos dois responde. A cidade está muito agitada devido aos preparativos da Feira que ocorrerá em breve, e sendo seu retorno, a preocupação é ainda maior. A Feira sempre foi realizada pelo ducado da cidade, mas desde que foi extinto parou de ser organizada, esse ano vai ocorrer com ajuda da Igreja da Sé de Silves. A Sé foi construída em estilo gótico, comum a todas as igrejas medievais, seu atual administrador é o pároco Lacerda. No meio da movimentação da Praça de Silves, um garoto aparentando ter oito anos de idade vem correndo em direção a Marle, chamando pelo seu nome.

            ‘Tia Marle..., Tia...’ - o garoto para na frente dela e pôs as mãos nos joelhos respirando fundo. Ele deve ter corrido a cidade toda atrás dela.

            ‘Olá, João. Aconteceu algo?’ – Marle se agacha.

            ‘Não tia, é porque a Senhora Sophia pediu para avisar-te para ir a casa agora’

            ‘Obrigado, João, pode ir brincar’ – Marle se vira para Aya e Guido. – ‘Vamos lá a casa, mamãe está a me chamar, deve ser algo importante’

            Os três caminham em algumas ruas até o lado leste, a sé ficava a oeste da cidade. A casa de Marle não é luxuosa, mas também não é pobre. Seu aconchego é ótimo se comparado ao restante da população portuguesa. A vida de Sophia e Marle em Silves, sempre foi apertada, mas nunca a ponto de ser sofrida. Marle entra na casa e corre para abraçar sua mãe que está escorada em uma mesa. Em cima da mesa há um pacote que Marle nunca tinha visto, mas releva falar algo sobre.

            ‘Mãe, deixa eu lhe apresentar o Guido, aquele rapaz de Braga no qual lhe falei’ – Marle vai até onde Guido está e o puxa pela mão até Sophia.

            ‘Boa Tarde... Meu nome é Guilherme Fernando Andrade Ferazza Sauvage de Guimarães, sou natural de Braga, minha família é aspirante a receber um título de ducado, devido sua enorme permanência em Braga, que pode ainda demorar muito. Mas eu decidi vir morar aqui em Silves.’

            ‘Bom rapaz, Sophia Sequeira Navarro, mas use apenas Sophia, sem nenhum tipo de cerimônia, ou até mesmo, Tia, como faz Aya. Tu és um rapaz muito corajoso, vir do norte de Portugal até o sul, por acaso aconteceu algo lá?’ – Sophia sempre foi inconveniente no aspecto de passado das pessoas.

            ‘Talvez sim, mas é algo que não quero falar...’

            ‘Foi um prazer conhecê-lo. Marle, tu sabes que amanhã é teu aniversário, não é?’

            ‘Claro, mãe’

            ‘Pois bem, aqui está teu presente’ – Sophia pega a caixa e abre. Dentro está um colar com uma jóia vermelha, um diamante. O desenho da pedra é estranho, foi lapidado com várias pontas, lembrando bastante uma figura geométrica. A jóia não era grande, não chegava a ser maior que um polegar. Marle ao ver o colar abre um sorriso imenso e seus olhos se enchem de lágrimas. Ela pega o colar e coloca em seu pescoço e Sophia a ajuda.

            ‘Mãe, onde a senhora conseguiu esse colar? É diamante. Parece ser caro...’ – Marle hesita por um instante – ‘Não me diga que gastou dinheiro à toa com ele...’ – Marle muda a expressão do seu rosto. Sophia sorri e fecha os olhos pegando nas mãos de Marle.

            ‘Não se preocupe, minha filha. É um presente que eu tenho guardado pra ti desde que tu nasceste.’

            ‘Mãe... Eu te amo!’ – Marle pula nos braços de Sophia e deixa uma lágrima escorrer pelo rosto.

            ‘Tia? Tem “malancia” na dispensa?’ – Aya interrompe o momento. Marle solta Sophia e vai para perto de Aya.

            ‘Está certo, Aya, vamos atrás de melancia’ – Marle volta a Sophia – ‘ Mãe, nós três iremos atrás de melancia para a Aya, hoje ela se envolveu em uma enorme confusão por causa disso.’

            ‘Certo, mas vós sabeis que não é fácil achar melancias nessa época do ano, elas costumam brotar entre Novembro e Junho’

            ‘Preocupa não tia, a gente vai achar um pé de melancia’ – Fala Aya colocando a queixo sobre o ombro da Marle – ‘Elas estão extintas, mas vamos achar’

            ‘Pé de melancia? Mas são plantas rasteiras...’ – Sophia faz uma cara de desaprovação.

            ‘Vejo logo que você não entende nada de plantas... Aiaya...

            ‘Crianças...’

Após alguns minutos os três saem da casa e entram em uma rua que termina no portão leste da cidade. Ao chegar lá, Marle escuta a voz de sua mãe e olha para trás. Sophia vem correndo e gritando pelo nome de Marle, a expressão no seu rosto é de espanto. Ao se aproximar uma pessoa surge entre elas vestindo uma capa preta, segurando uma espada. Sophia pára de correr e encara o ser estranho.

            ‘Mãe... Mãe... O que está acontecendo? Fuja...’

            A pessoa que porta a espada levanta e crava na barriga de Sophia. Ela por sua vez, permanece em silêncio. O ser retira a espada. Sophia cai de joelhos olhando para o rosto de Marle.

            ‘Mãe...’ – Começam a cair lágrimas em seu rosto. Ela tenta correr, mas fica paralisada, ao olhar para trás, nota a falta de Aya e Guido, e vê um vulto segurando seu corpo.

            ‘Marle... Marle...’ – Sophia diz ao longe dela. Marle fecha os olhos sonolentos. Quando abre, está deitada no chão, Guido está com as mãos nos seus ombros tentando reanimá-la. Ela se levanta repentinamente e pergunta o que aconteceu.

            ‘Do nada, tu paraste e fechaste os olhos, depois começaste a chorar e gritar para trás. Antes que caíste, eu te aparei’

            Marle nada comenta sobre o acontecido, apesar de Guido não parar de perguntar a ela se está bem. Por sua vez, Aya nem parece ter dado conta do incidente. A mente de Marle fica totalmente transtornada, não era a primeira vez que acontecia algo parecido, mas fazia muito tempo que ela não tinha aqueles sonhos, e o que mais deixava preocupada era que quando criança, esses sonhos sempre aconteciam na vida real. Seria tal tipo de poder oculto? O estranho é que Marle sabe que ela tem um poder a mais, uma espécie de sentido no qual ainda não tinha dominado. Guido fica muito preocupado com a maneira que ela leva aquele seu comportamento e decide ficar o máximo possível perto dela. Ele não é natural dali. Faz uns seis meses, ou mais, que ele se mudou pra lá, conhece Marle a quatro, mas ainda assim não saberá reagir se ela tiver outro surto desse. Após um pequeno período de caminhada, Marle pede para parar um pouco, pois ela está com dor de cabeça. Guido pergunta se ela não quer voltar pra casa. Marle responde que não.

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